Elaborado por: Profa. Luci Freitas
A biologia é a
ciência que estuda os seres vivos. A diversidade dos seres vivos é muito
grande. Mas, apesar da enorme diversidade de seres que habitam o planeta, eles
têm muito em comum. Os seres vivos são dotados de um conjunto de
características que não existem na matéria bruta (sem vida).
Iremos
estudar agora, as características que são comuns a todos os seres vivos:
1) COMPOSIÇÃO QUÍMICA - Substâncias que constituem o
organismo dos seres vivos
Toda matéria
existente no universo é feita de átomos. Os átomos podem se ligar uns aos
outros, formando moléculas.
Na matéria
bruta, os átomos estão agrupados em compostos relativamente simples, formando
as substâncias inorgânicas (também chamadas substâncias minerais), como a água
(H2O), vários sais (de ferro, de cálcio, de fósforo, de magnésio, de flúor,
etc), os gases (N2, CO2 e O2) e os cristais de rocha.
Nos seres vivos, além de substâncias inorgânicas, encontramos também substâncias mais complexas, as substâncias orgânicas – proteínas, carboidratos, lipídios, ácidos nucléicos e vitaminas. As substâncias orgânicas são formadas por átomos de carbono que se unem, podendo formar longas cadeias contendo outros átomos, como os de hidrogênio, oxigênio e nitrogênio (CHON).
Portanto a matéria viva apresenta composição química mais complexa do que a matéria bruta: enquanto um grão de areia é formado apenas por um tipo de substância – a sílica (SiO2) – uma bactéria, apesar de ser bem menor do que um grão de areia, possui água, sais minerais e diversas substâncias orgânicas, como proteínas, açúcares ou carboidratos, gorduras ou lipídeos, ácidos nucléicos, entre outras.
2) CICLO VITAL - Ciclo de vida de um ser vivo do nascimento
até a morte
Todos os seres vivos podem passar por diversas fases durante
sua existência: nascem, crescem, amadurecem, se reproduzem, envelhecem e
morrem. Essas diferentes fases da vida de um ser constituem o seu ciclo de
vida. Esse ciclo tem duração variável, de um tipo de ser vivo para outro. Veja
alguns exemplos que indicam a duração média aproximada de vida de alguns
animais:
arara: 60 anos
|
crocodilo: 80 anos
|
cabra: 17 anos
|
elefante: 100 anos
|
chimpanzé: 20 anos
|
leão: 20 anos
|
coelho: 7 anos
|
porco: 10 anos
|
coruja: 27 anos
|
rato: 4 anos
|
O ciclo de
vida pode durar minutos ou centenas de anos, conforme o ser vivo
considerado. Algumas bactérias podem
completar seu ciclo de vida em cerca de 30 minutos. Outros seres, como as
sequóias e alguns tipos de pinheiro, podem viver 4 mil anos ou mais.
3) CRESCIMENTO - Processo através do qual um ser vivo
aumenta de tamanho
Crescimento é o aumento do tamanho do indivíduo. Os
organismos vivos retiram do ambiente os nutrientes necessários à sua
sobrevivência. Suas células incorporam esses nutrientes, aumentam de volume e
se multiplicam fazendo com que o tamanho do organismo aumente. Portanto esse
crescimento se faz pela multiplicação de células no interior do corpo. Todo ser
vivo cresce de dentro para fora, seja pelo aumento do volume celular
(unicelulares), ou pela multiplicação das células (pluricelulares).
4) IRRITABILIDADE OU EXCITABILIDADE - Capacidade de reagir a
estímulos do ambiente
Todos os seres vivos são capazes de reagir a estímulos ou
modificações do ambiente, ou seja, todos possuem irritabilidade. Os estímulos
podem ser físicos ou químicos, como por exemplo, a mudança de temperatura, de
luminosidade, de pressão ou de composição química do ambiente em que vivem.
No caso dos seres mais simples, dizemos que estes possuem uma irritabilidade simplificada. Esta irritabilidade é a capacidade de reagir, de forma inata e mecânica, a um estímulo. Por exemplo, ao colocarmos uma gota de ácido na água onde estão algumas amebas (seres unicelulares), elas terão a reação de se afastar para o lado oposto.
Organismos complexos, como os mamíferos, dizemos que possuem
uma irritabilidade complexa. Eles possuem órgãos sensoriais (olhos, ouvidos,
pele etc.) altamente especializados em receber os estímulos ambientais. Esses
órgãos estão acoplados ao sistema nervoso, que recebe e envia respostas rápidas
e adequadas a cada tipo de estímulo, como, por exemplo, quando estamos num
ambiente frio. Neste caso os pelos do corpo ficam arrepiados devido à contração
de pequenos músculos eretores dos pelos, ou seja, o corpo reage por meio de uma
resposta rápida elaborada pelo sistema nervoso.
Nos vegetais, as reações aos estímulos costumam ser mais
lentas do que nos animais, como por exemplo, o crescimento do caule em direção
à luz ou o crescimento das raízes em direção ao solo. Esse fenômeno vegetal de
irritabilidade é chamado tropismo. Em algumas plantas, como a sensitiva ou
dormideira, a reação pode ser mais rápida: um simples contato externo provoca o
fechamento das folhas em segundos. Esse fechamento se deve à diminuição na pressão
da água existente numa dilatação na base das folhas. Mecanismos semelhantes
ocorrem com plantas carnívoras, que capturam pequenos animais.
5) MOVIMENTO - Capacidade de alterar a posição do corpo no
espaço
O movimento mais fácil de ser observado é a locomoção dos
animais. Eles se deslocam por conta própria de um lugar para outro, em busca de
alimentos, abrigo, parceiros etc., porém existem animais que vivem presos a um
substrato. São chamados de sésseis ou fixos. Apesar de sésseis o movimento está
presente nesses organismos de diversas maneiras, como por exemplo, o movimento
que ocorre naturalmente no citoplasma de suas células.
A
locomoção não é exclusiva dos animais. Pode ser observada também em seres
unicelulares, como por exemplo, os protozoários. Eles podem se locomover
através de filamentos longos chamados flagelos, ou através de filamentos curtos
chamados cílios. Muitos protozoários emitem prolongamentos de sua membrana,
formando expansões chamadas pseudópodes (pseudo=falso; podos= pés).
As plantas
também podem alterar sua posição realizando diversos tipos de movimentos em
resposta a estímulos do ambiente. Um desses estímulos é a luz e o exemplo mais
conhecido é o do girassol que se movimenta orientado pela direção da incidência
de raios luminosos do Sol.
6) MATERIAL GENÉTICO - Conjunto de genes que contêm as
informações para a construção do ser vivo
Cada característica dos seres vivos é determinada pelo seu
material genético (DNA e RNA) encontrado nas células.
O material genético é o DNA (ácido desoxirribonucléico) e o
RNA (ácido ribonucléico). Os filamentos de DNA formam os cromossomos
encontrados no interior das células (mais freqüentemente no núcleo celular). O
RNA é encontrado tanto no núcleo quanto no citoplasma.
A estrutura conhecida como gene corresponde a um segmento ou
pedaço da molécula de DNA. Os genes contêm as informações responsáveis pelas
características do indivíduo. O organismo dos seres vivos trabalha de acordo
com as ordens do DNA. O RNA copia a informação contida no gene e a transforma
em uma proteína, no citoplasma.
Outra propriedade do DNA, da qual a hereditariedade depende,
é a sua capacidade de se duplicar, formando cópias exatamente iguais.
Os vírus apresentam o DNA ou o RNA; os demais seres vivos
apresentam os dois.
7) REPRODUÇÃO - Capacidade de gerar seres semelhantes a si
próprio
Reprodução é a
capacidade que os seres vivos têm de gerar outros seres semelhantes a si
mesmos. É por meio da reprodução que as espécies se mantêm através dos tempos.
É ela que explica por que, em condições normais, um ser vivo morre, mas a
espécie não desaparece. A reprodução pode ser considerada a característica
essencial da vida. Entretanto, apesar de sua importância, não é uma função
vital, pois o ser vivo pode viver sem que haja a necessidade de se reproduzir.
A reprodução pode ocorrer de duas formas: assexuada (ou
agâmica) e sexuada (ou gâmica).
A) REPRODUÇÃO ASSEXUADA - Nessa forma de reprodução não há a
participação de células sexuais (gametas) para a formação de novos seres. É a
reprodução pelo próprio indivíduo, que dá origem a outros seres geneticamente
idênticos a ele. Os descendentes, por receberem cópias iguais do DNA do
indivíduo original, possuem as mesmas características. São cópias fiéis daquele
que lhes deu origem. Como exemplo, temos as amebas, certas bactérias, esponjas
etc. Este tipo de reprodução é comum nos seres unicelulares, mas também ocorre
em alguns seres pluricelulares. Existem muitos tipos de reprodução assexuada,
entre eles a cissiparidade ou bipartição, a esporulação e o brotamento.
b) Esporulação: o indivíduo produz esporos, células que
conseguem germinar originando novos indivíduos, sem que haja fecundação. A
reprodução através de esporos pode ocorrer em organismos unicelulares e em
organismos pluricelulares. Tomaremos como exemplo uma alga verde que vive fixa
a um substrato. Essa alga produz esporos que são liberados e nadam livremente
até se fixarem em um meio adequado; cada esporo, então, pode germinar e formar
um novo indivíduo idêntico.
B) REPRODUÇÃO SEXUADA - Nesse tipo de reprodução há a
participação de gametas e são produzidos seres geneticamente diferentes. Esse
tipo de reprodução é muito mais vantajoso para o caráter evolutivo. É um tipo
de reprodução comum nos seres pluricelulares.
Em
geral os gametas são células produzidas por seres diferentes: um masculino e
outro feminino. Nesse caso dizemos que esses seres têm sexos separados. Entre
os animais, por exemplo, os machos formam espermatozóides e as fêmeas, óvulos.
Nos vegetais os nomes dados aos gametas são diferentes. Nas samambaias, por
exemplo, o gameta feminino é a oosfera e o masculino é o anterozóide.
Quando ocorre a fecundação – união do espermatozóide com o óvulo – forma-se o zigoto ou célula-ovo. O zigoto se divide várias vezes formando assim um novo indivíduo. Esse indivíduo possuirá genes da mãe e do pai; suas características serão o resultado de uma combinação das características paternas e maternas.
Alguns organismos unicelulares, como as bactérias, podem se
reproduzir sexuadamente sem que haja formação de gametas. Nesse caso, dois
indivíduos emparelham temporariamente e um deles (bactéria doadora) cede parte
de seu material genético. A bactéria receptora, agora, se dividirá formando
duas novas bactérias cujas características serão o resultado da combinação do
DNA da doadora com o DNA da receptora.
Alguns seres vivos possuem a capacidade de, no mesmo
organismo, formarem tanto gametas masculinos quanto femininos. Esses seres são
chamados de hermafroditas. As minhocas e os caramujos são um exemplo. Mas uma
minhoca não fecunda a si própria; aliás, animais hermafroditas geralmente não
se auto fecundam. Para haver reprodução, é necessário que duas minhocas se
aproximem e se acasalem. Durante o acasalamento, as duas minhocas trocam
espermatozóides e uma fecunda a outra. Este tipo de fecundação é chamada de
fecundação cruzada. Os óvulos fecundados são liberados no solo, no interior de
um casulo e cada óvulo fecundado dará origem a uma nova minhoca.
Quando a fecundação ocorre no interior do organismo feminino, dizemos que a fecundação é interna. O macho lança os espermatozóides dentro do corpo da fêmea. É lá que ocorre o encontro dos gametas (fecundação). Quando ocorre no meio externo, dizemos que a fecundação é externa. Os machos lançam seus espermatozóides na água e ao mesmo tempo as fêmeas lançam os seus óvulos. O encontro desses gametas ocorre na água e, portanto, fora dos organismos produtores de gametas. Mamíferos, répteis e aves têm fecundação interna. A maioria dos peixes e os anfíbios fazem fecundação externa.
8) HEREDITARIEDADE - Capacidade de transmitir as
características genéticas aos descendentes
Todo ser vivo envelhece e morre, mas antes disso ele pode se
reproduzir; os filhotes são semelhantes aos pais. Essa capacidade de
transmissão das características hereditárias de pais para filhos é chamada
hereditariedade. A hereditariedade depende do DNA (ácido desoxirribonucléico)
que é transmitido dos pais para os filhos.
9) MUTAÇÃO - Corresponde a um erro na cópia do material
genético
O mecanismo de hereditariedade garante que os filhos sejam
semelhantes aos pais. Mas se esse mecanismo fosse infalível, as espécies não se
modificariam ao longo do tempo. As espécies hoje existentes são resultantes de
espécies que existiram no passado e que sofreram transformações. Isso se deve,
porque, às vezes, o DNA produz cópias com erro, que pode ser causado tanto por
uma falha durante a duplicação, como pela exposição do organismo à
radioatividade ou a certos produtos químicos. Surge assim, uma molécula-filha,
diferente da original. Isto se chama Mutação;
Se essa alteração ocorrer nas células que vão formar os
gametas, ela será transmitida aos descendentes.
As mutações explicam, em parte, o aparecimento, ao longo do tempo, de
muitas espécies novas a partir de outras já existentes, no processo conhecido
como evolução das espécies.
10) EVOLUÇÃO - Processo através do qual os seres vivos se
transformam ao longo do tempo
Quando a mutação é vantajosa ela tende a se espalhar pela
população. Mas quando é prejudicial ela fica rara e pode desaparecer. O
processo pelo qual o ambiente determina quais os organismos que apresentam
mutações favoráveis e, assim, possuem maior possibilidade de sobrevivência é
chamado de seleção natural. A idéia de seleção natural foi desenvolvida pelo
cientista Charles Darwin.
Para que a evolução ocorra dois processos são
indispensáveis:
a) MUTAÇÃO: corresponde a um erro na cópia do material
genético (DNA), produzindo uma característica diferente.
b) SELEÇÃO NATURAL: processo pelo qual o ambiente determina
quais as características mais vantajosas, selecionando assim os organismos mais
adaptados a sobreviver naquele ambiente.
11) METABOLISMO - Conjunto de reações químicas que ocorrem
no organismo
A palavra
metabolismo vem do termo (metabole = transformar). Dentro de todo o ser vivo
ocorre uma série de transformações químicas nas quais algumas moléculas
complexas são produzidas e outras são desmontadas. O conjunto de todas as
transformações químicas que ocorrem no interior de um organismo é denominado
metabolismo.
Essas
reações químicas podem ser divididas em:
a) Reações de Construção: Neste tipo de reação, moléculas simples são transformadas em moléculas complexas. O organismo pode construir grandes moléculas que irão formar as partes das células – esse processo é chamado anabolismo (ana = erguer). A fotossíntese é um exemplo de anabolismo.
b) Reações de Decomposição: Neste tipo de reação, moléculas
complexas são rompidas, desmontadas, formando moléculas mais simples, como, por
exemplo, a quebra moléculas de alimento, para obter energia – esse processo é
denominado catabolismo (cata = para baixo). A respiração celular é um exemplo
de reação de catabolismo.
12) NUTRIÇÃO - Processo através do qual um ser vivo obtém
alimento
Um organismo vivo é instável e frágil.
As proteínas e outras moléculas orgânicas presentes no ser vivo se desgastam
com o tempo e precisam ser repostas. A estrutura do ser vivo só pode ser
mantida à custa de uma substituição permanente de suas moléculas e de muitas de
suas células.
Essa substituição celular só é possível se houver incorporação de matéria no organismo. Isso ocorre através da nutrição. A nutrição é necessária para o crescimento através da formação de novas células, reconstrução de partes desgastadas, além de ser a fonte de matéria para o metabolismo celular.
A nutrição pode ocorrer de duas maneiras:
A) NUTRIÇÃO AUTÓTROFA (auto = próprio; trofo = alimento)
Nesse tipo de nutrição, os seres vivos são capazes de produzir matéria orgânica que lhes servirá de alimento, através de processos como a fotossíntese, por exemplo. A fotossíntese é realizada pelas plantas, pelas algas e por certas bactérias, principalmente as cianobactérias.
Nesse tipo de nutrição, os seres vivos são capazes de produzir matéria orgânica que lhes servirá de alimento, através de processos como a fotossíntese, por exemplo. A fotossíntese é realizada pelas plantas, pelas algas e por certas bactérias, principalmente as cianobactérias.
Na fotossíntese o organismo é capaz de produzir moléculas
orgânicas para seu corpo, a partir de substâncias inorgânicas que retira do
ambiente, como o gás carbônico do ar atmosférico (que penetra na planta através
das folhas) e a água e os sais minerais (que normalmente as raízes retiram do
solo). O organismo vegetal usa a energia luminosa do Sol que é absorvida pela
clorofila. Esse fenômeno produz substâncias orgânicas (glicídio de 3 carbonos)
para o organismo e libera, como resíduo, o gás oxigênio, na atmosfera.
Com o glicídio de 3 carbonos a planta fabrica outras
substâncias, como por exemplo, o amido e a sacarose. O amido é encontrado, por
exemplo, na batata e no feijão. A sacarose é o açúcar que costumamos usar para
adoçar, por exemplo, o café e os sucos; ela é encontrada, naturalmente, na
cana-de-açúcar. Os autotróficos, dessa forma, se alimentam das substâncias
orgânicas que eles próprios fabricam, a partir de energia luminosa, da água e
do gás carbônico obtido do ambiente em que vivem.
Equação da fotossíntese: CO2 + H2O + energia luminosa ------------------>
Glicidio 3C + O2
Observação: Os sais minerais são indispensáveis para a
ocorrência de inúmeros fenômenos que acontecem nos seres vivos. Os sais de
magnésio, por exemplo, são necessários para a produção das clorofilas, uma vez
que participam da formação das moléculas desses pigmentos. E, sem clorofila, a
planta fica incapacitada para a realização da fotossíntese.
B) NUTRIÇÃO HETERÓTROFA (hetero = diferente)
Nesse tipo de
nutrição, os seres vivos não são capazes de produzir seu próprio alimento,
precisando obtê-lo do meio ambiente. É
realizada pelos animais, protozoários, fungos e a maioria das bactérias. Esses
seres precisam ingerir moléculas orgânicas prontas. Os animais, por exemplo,
obtêm moléculas orgânicas dos corpos de outros animais ou de vegetais que eles
ingerem.
13) RESPIRAÇÃO CELULAR - Processo através do qual o ser vivo
retira energia dos alimentos
Todo ser vivo precisa de energia para viver e realizar suas
diversas funções. Boa parte dos alimentos ingeridos e digeridos serve como
fonte de energia para o organismo. Várias moléculas orgânicas de alimento podem
ser utilizadas como fonte de energia, mas é mais vantajoso para o ser vivo usar
um açúcar, a glicose.
A glicose (C6H12O6) é uma molécula orgânica que reage com o
gás oxigênio (O2), sendo desmontada e transformando-se em gás carbônico (CO2) e
água (H2O). Nessa transformação, a molécula de glicose é quebrada, liberando a
energia que nela está contida. Esta energia, por sua vez, é utilizada nas
atividades do organismo, como o movimento, a produção de calor, a transmissão
de impulso nervoso ou a construção de grandes moléculas orgânicas durante o
processo de reconstrução ou crescimento do corpo. Esse processo de quebra da
glicose chama-se respiração celular.
A respiração celular pode ocorrer de duas maneiras:
A) RESPIRAÇÃO AERÓBIA – ocorre com a participação da
molécula de gás oxigênio. A glicose é quebrada completamente liberando muita
energia.
Equação da respiração celular: C6H12O6 + O2
--------------------> CO2 + H2O + energia liberada
B) RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA – ocorre sem a participação do gás
oxigênio.
Observação: A fermentação é um tipo de respiração anaeróbia.
Na fermentação a glicose é quebrada parcialmente, liberando pouca energia.
14) CONSTITUIÇÃO CELULAR - Todos os seres vivos são
constituídos por células
Nos seres
vivos, uma enorme quantidade de moléculas inorgânicas e orgânicas se reúne
formando a célula. Todo ser vivo é constituído por essas unidades. A célula é a
unidade fundamental dos seres vivos, sendo capaz de se nutrir, crescer e se
reproduzir.
Quanto ao
número de células o ser vivo pode ser classificado como:
a) Unicelular = formado por uma única célula. As bactérias,
os protozoários são exemplos de seres vivos unicelulares;
b) Pluricelular ou Multicelular = formado por várias
células. O corpo humano, por exemplo, contém mais ou menos 60 trilhões de
células. Nem todas as células que compõem o corpo de um ser multicelular são
iguais. Durante o desenvolvimento elas passam por um processo de diferenciação,
em que vão se especializando na execução de determinada atividade.
No corpo humano, por exemplo, o conjunto de células nervosas
forma o tecido nervoso. O encéfalo, a medula espinhal e os nervos são órgãos
formados por tecido nervoso. Estes órgãos constituem o sistema nervoso
responsável pela coordenação entre diferentes partes do corpo e pela integração
do organismo com o ambiente.
CÉLULAS ->TECIDOS->ÓRGÃOS->SISTEMAS
OU APARELHOS->ORGANISMO
A célula é constituída por diversas partes que funcionam em
conjunto e a mantém viva. Suas três principais partes são:
a) Membrana plasmática: controla o que entra e sai da
célula, facilitando a entrada de substâncias úteis como a glicose e eliminando
substâncias que podem estar em excesso.
b) Citoplasma: material gelatinoso composto de água e várias
substâncias inorgânicas e orgânicas que preenchem a célula. Contém diversas
organelas que realizam funções específicas dentro da célula.
c) Núcleo: Corpúsculo situado geralmente no centro da célula
e envolvido por uma membrana nuclear (carioteca). Nele encontramos filamentos
chamados cromossomos. Os cromossomos são constituídos por DNA (ácido
desorribonucléico) e contêm os genes. O DNA possui a informação genética para
comandar as atividades celulares e determinar todas as características dos
seres vivos.
Quanto ao tipo de célula os seres vivos podem ser
classificados como:
A) PROCARIONTES: São formados pelas células mais simples,
que não apresentam um núcleo individualizado, envolvido por uma membrana. Além
disso, não possuem organelas membranosas como mitocôndrias e cloroplastos.
Nessas células o material genético fica disperso no citoplasma. São
procariontes as bactérias (incluindo as cianobactérias) e as arqueobactérias
(arqueo=antigo).
B) EUCARIONTES: São formados por células mais complexas, que
apresentam o material genético envolto por uma membrana nuclear, denominada
carioteca, formando um corpúsculo chamado núcleo. Além disso, estas células
apresentam organelas membranosas derivadas da membrana plasmática, como por
exemplo: Retículo Endoplasmático, Complexo Golgiense e Lisossomos. Também
apresentam Cloroplastos e/ou Mitocôndrias que não são encontrados nas células
procarióticas. São eucariontes os protozoários, os fungos, as plantas e os
animais.
Como os
animais e fungos são heterótrofos e as plantas são autótrofas, logicamente suas
células possuem constituição diferente. A maioria das organelas é encontrada
tanto nas células dos animais quanto nas células dos vegetais, porém a célula
animal não possui cloroplastos, nem parede celular, nem grandes vacúolos. Vamos
fazer a comparação dos dois tipos de células: animal e vegetal.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOLA Barbara você poderia enviar para email alliverdinha@gmail.com o arquivo ficha 1 características... pois o do dropbox não está disponível obrigada Allison
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